"A arte é uma manifestação multifacetada de criatividade, indagações e expressões, nunca exija dela respostas fixas e objetivas, mas sim ideias soltas e subjetivas que possam sanar não as suas perguntas mas promover novos parâmetros e reflexões" (LIMA, 2014).
Quando? - de 15 à 19 de Fevereiro de 2016.
Onde? - no Campus do Instituto Federal em Ivaiporã.
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A arte é um processo constante de diálogo entre o formal, o concreto e o imaginário, suscita indagações e desperta explicações multifacetadas de opiniões, críticas e visões de um ou mais mundos, da sociedades e de momentos históricos.
A presente exposição, "une" a Arte Antiga, a partir dos Mosaicos Bizantinos e a Arte Contemporânea a partir de Instalações, com a intenção de promover reflexões e questionamentos. Dessa forma, a exposição tenta narrar, como houve uma dualidade no tratamento da arte ao longo dos séculos, partindo do estilo bizantino, quando a função da arte era catequizar, "instruir", de modo tendencioso, visualmente falando, utilizando-se de recursos ópticos, ligados as sensações promovidas pelas cores e o tratamento das formas que simbolizavam a riqueza e a supremacia daqueles que detinham o poder, através da igreja e da figura do rei. Já em contraposição a essa ideia de arte com funções e características imutáveis, integramos no mesmo ambiente instalações artísticas de cunho contemporâneo, ligadas a temáticas diversas, como a política, o meio ambiente e a tecnologia, promovendo uma experiência estética diferenciada, através de embates e/ou debates, desobrigando artista e expectador a estarem ligados a parâmetros inflexíveis, onde não é possível interagir ativamente e decisivamente com a obra artística. Há ai uma divergência de pensamento e de tratamento da produção pictórica. Os conceitos ligados a divindade, que tudo determinava, não permitindo que a produção artística pudesse inovar será desmantelado na criação contemporânea, colocando-se contrário ao teocentrismo inquestionável, defendido pela igreja católica no período antigo, adotando assim uma ideia mais humanista e
antropológica de arte e sociedade na atualidade.
A forma como a produção artística se constitui na Arte Contemporânea permite maior envergadura criativa, onde o produto final, a obra, pode estar implícita em um objeto não artístico e, além disso, podendo estar desvinculada do concreto, utilizando-o apenas como recurso inicial, ou seja, como um suporte, na tentativa de despertar novas visões, sensações e múltiplas reflexões de mundo, permitindo que as experiências e a realidade de seus observadores possam determinar o significado final da composição.
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